quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia ( Cap 3 )



Os relógios deviam andar entre as 19h e as 19h30, por esta hora já é normal ver gente produzida para a noite e víamos algumas pessoas já preparadissimas.
Ao entrar no parque cruzamo-nos com uma rapariga nova, devia ter uns 20 anos, creio que não teria mais e mesmo 20 talvez já fosse exagerado, vestida num minúsculo vestido vermelho sem nada por baixo, as mamas pareciam querer saltar fora do vestido e o movimento do andar provocava que o vestido subisse, mostrando que nada vestia por baixo, embora durante o dia seja normal ver gente nua, aquela imagem tinha uma enorme carga de erotismo e o olhar que ela deitou á Nelly foi no minimo perturbador, a Nelly creio não se ter apercebido disso, mas eu falei-lhe.
O dia tinha sido intenso, a caminhada da manhã, a festa da espuma de tarde..., sabia bem o banho ao final do dia, mas eu parecia não estar satisfeito e num momento de loucura, só pode ter sido isso, propus á Nelly após o jantar irmos até ao centro de Cap ou seja até junto da enorme e bela marina de Cap D’Agde. Digo loucura pois tinha andado bastante de manhã e certamente sentia alguma fadiga, o melhor seria descansar e ir num outro dia, mas naquele momento foi o que me apeteceu e combinamos fazer isso depois do jantar.
Para o jantar a Nelly preparou umas almôndegas que na véspera estavam fantásticas e estas também iriam estar, por ter gostado tanto delas é que dei a dica de repetirmos a dose. Para acompanhar as mesmas tivemos os inseparáveis legumes e um pouco de arroz, tudo sempre bem regado com o maduro tinto e com a super bock na abertura.
A noite caía rapidamente por isso nós jantávamos já com a escuridão a dominar , isso até embelezava o ambiente, pois na nossa mesa eram acendidas umas pequenas velas, todos os nossos jantares eram feitos á luz da vela, criava sem dúvida outro ambiente.
Quem continuava no mesmo ambiente, embora para nós fosse estranho, eram os nossos vizinhos espanhóis. Pela movimentação deles davam indícios de estarem por ali a queimar os derradeiros momentos em Cap, talvez fossem embora no dia seguinte.
Após o jantar, sempre em amena cavaqueira, tínhamos vinho do Porto, Licor Beirão e uns mini puros á disposição, era quase que um ritual que cumpríamos.
No parque havia diversão junto da entrada, mas nós fomos para o centro de Cap, este ano não havia nada de especial para acontecer lá, mas certamente movimento não faltaria e também iríamos ver como estava aquilo por lá este ano.
Demos a nossa voltinha, no entanto sentia-me um pouco cansado, a caminhada na areia durante a manhã tinha provocado algum desgaste, mas a ideia de ir até ao centro de Cap tinha sido minha por isso não me podia queixar. A volta foi relativamente rápida, o movimento de pessoas junto á marina era intenso, tinha talvez mais gente a esta hora da noite do que durante o dia , pelo menos aferindo pelas vezes que ali estivemos em anos anteriores durante o dia. Vimos a casa das tatuagens, entramos numa das lojas “Blanc do Nil “ , apesar de nada comprarmos e começamos a tomar a direcção da saída, mas ido em direcção á casa onde tem cerveja de quase todo o mundo, obviamente que não tem cerveja de Portugal, o que se lamenta, mas mesmo que tivesse certamente não beberíamos, a nossa intenção era conhecer outros sabores, sabores de outras regiões do globo.
O caminho levado para a casa da cerveja, é uma rua que não deixa de ser um centro comercial, de ambos os lados da rua só tem estabelecimentos comerciais ao nível do rés do chão. Mas convém prestar atenção ao caminho, pois a rua embora apenas para peões, é formada por degraus, embora cada degrao seja um patamar de largura razoável, não deixa de ter de quando em vez um degrau. Entramos numa casa que vende artigos de desporto e entre camisolas de vários clubes europeus, vimos a camisola do sporting, estava baratissima, mas claro que não a compramos, não são as nossas cores. A cor predominante de facto era o azul e branco, mas do Marselha.
Na casa das cervejas, pedimos uma grimbergen para mim e para a Nelly veio uma sugerida por eles, segundo eles é uma cerveja muito apreciada pelas mulheres devido ao sabor a framboesa, provei e aquilo é em tudo parecido á mistura da cerveja com groselha, aliás creio que a super bock comercializa uma cerveja desse tipo.
No pequeno largo em frente ao local onde estávamos, decorria um espectáculo musical, a cantora não tinha grande assistência, pouco mais do que meia dúzia de pessoas a assistir. Não nos demoramos muito por ali, apenas tomamos a cerveja embora que calmamente e logo após iniciamos o caminho de regresso ao parque, o dia tinha sido longo e para o dia seguinte estava previsto visitar umas grutas que ainda ficam afastadas do centro uma centena de km.
De regresso ao parque passamos junto a um parque de campismo o “La Clappe” fica bem perto do centro de Cap, em termos de localização está muito bem situado e parece ser um bom parque, até tem mais uma estrela do que onde estávamos instalados.
Fomos caminhando em passo lento , a hora já começava a ir adiantada, mas o movimento de pessoas na rua a pé ainda era visível embora não em tão grande numero, até a zona onde jogam “petanca” tinha pessoal a jogar, também bem menos do que quando íamos a caminho do centro de Cap, nessa altura estava lotado o recinto.
Chegados ao parque recolhemos aos nossos aposentos, era hora de dormir para tentar sair cedo e ir visitar as grutas Demoiselles.

1 comentário:

  1. Dia exausto esse, e belo manjar ....
    As fazes fazer alguma loucura sabem bem.... terminando com uma cerveja, com certeza que é um cansaço saudável?!

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