terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Viagem de Ida ( cap. 2 )


Entramos na A6 sentido Madrid, o transito com o decorrer da hora ia diminuindo e ali era mais 1 hora que no nosso cantinho á beira mar plantado, o que em muitas situações faz uma enorme diferença.

Na zona de Tordesillas a escuridão do céu era rompida de quando em vez por cores brilhantes com formas diversas, era o fogo de artificio de alguma festa que decorria por ali. Não paramos, para a nossa festa ainda faltavam muitos km de alcatrão para ultrapassar, nem a meio da viagem tinhamos chegado, por isso continuamos a rolar na direcção de Valladolid.

Tentamos ligar o transmissor de FM para ouvirmos as músicas que tinhamos gravado, sempre ouviamos o que queriamos e não o que as rádios passavam. As rádios nacionais já há muito que se tinham deixado de ouvir por isso era uma boa alternativa, mas foi como se costuma dizer “sol de pouca dura”, fazia bastante ruido e por isso pouco ouvimos, no entanto deu para ouvir uma música que mexe connosco, “ Gaivota” dos Amália Hoje, depois disso voltamos a ouvir rádio.

Na aproximação a Valladolid começamos a ver clubes nocturnos de ambos os lados da estrada que ali é autovia, são estradas com perfil de auto estrada mas com a vantagem de serem gratuitas, falamos particularmente de um club , o “Jamaica” devido a ter o seu parque de estacionamente completamente cheio, não que precisassemos de lugar para estacionar, pois estavamos com “pressa” de chegar, mas sim pelo facto de vermos muitos carros parados ali naquela madrugada de domingo.

A gasolina dava até entrarmos na auto estrada em Burgos, por isso optamos por efectuar a nossa próxima paragem num dos primeiros postos de abastecimento mas já em plena auto estrada .

Chegamos ás portagens de Burgos, ali era necessário recolher o ticket, com o mesmo na nossa posse seguimos a viagem para a interrompermos para mais uma paragem numa area de serviço. Era mais uma paragem para relaxar mais um pouco, tomar qualquer coisa e ir ao wc. Por ali o movimento de turistas era significativo, tinha gente a dormir deitado na relva, são opções, mas as condições não eram as melhores. Nós entramos e bebemos um café “solo” o meu sem açucar. Aquele café dava á vontade uns dois ou três por cá em quantidade, mas também vale que o café é bem mais fraco.

Café bebido e já mais despertos prosseguimos a caminhada, estariamos sensivelmente a meio do percurso e a pior parte seria enfrentar o amanhecer, mas por agora não se pensava nisso, pensava-se fundamentalmente rolar para chegar bem, isso é que era importante, a hora era um detalhe sem importância, apesar de termos previsto assistir a um espéctaculo no centro de Agde ao inicio da tarde deste dia 16 de Agosto que ainda tinha poucas horas de vida.

O movimento na auto estrada no nosso sentido era residual, no entanto no sentido inverso era consideravel e estavamos em plena madrugada.

Na auto estrada existe uma ramificação, num sentido vai para Logroño/ Zaragoza / Lleida / Barcelona, servia para nós , no entanto não era por aí que iriamos, outra vai para BilBao / Donostia S.Sebastian / Irun, também servia para nós e foi por aí que seguimos viagem, no entanto existe uma outra que vai a Vitoria / Donostia S. Sebastian / Irun que também nos servia e creio que ficaria mais barato, mas seguimos o mesmo percurso do ano anterior e não havia nenhum problema.

O comportamento do carro em termos de consumo revelava-se bom, de tal modo que pensavamos abastecer apenas e só em Irun, no posto junto á fronteira.

Entramos no País Basco, passamos ás portas de Bilbao , a paisagem é bela, muito verde e montanhoso, no entanto sem grandes elevações. O dia começava a querer dar-se a mostrar apesar de ainda faltarem umas boas horas para o nascer do dia, no entanto notava-se que o céu estava com muitas nuvens.

A Nelly começava a dar mostras de alguma fadiga, a posição na cadeira era inconstante, a viagem começava a fazer mossa, mas em Irun efectuariamos uma nova paragem e descasariamos um bocadinho.

Passamos bem junto a Donostia S.Sebastian, cidade bonita, pelo menos a zona junto á bela baía, é uma cidade que merece uma visita cuidada, eu já lá estive, e desta vez não estava nos nossos planos ser ponto de paragem nem na ida, nem no regresso, regresso que nem previa passar por este caminho que agora seguiamos. Chegamos a Irun, na auto estrada decorriam obras, reduzindo a circulação numa faixa, naquela hora e embora o transito tenha aumentado de S.Sebastian para Irun, ainda não era complicado, mas com o decorrer do dia creio que as dificuldades se iriam sentir, a nós nada afectou e registamos a boa sinalização.


1 comentário:

  1. Costuma - se dizer que corre por gosto não cansa.....
    Poderá ser cansativo , mas acredito que tenha sido bom .. pela companhia, pelo destino final e por simplesmente estar de férias....

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